Tecnologia 3D usa lentes para 'enganar' cérebro humano

A grande aposta dos fabricantes de TV para 2010 é colocar no mercado aparelhos com tecnologia 3D. Diversos modelos foram exibidos na Consumer Eletronics Show (CES), feira de produtos eletrônicos realizada em Las Vegas, indicando que essas alternativas de alta tecnologia devem deixar de ocupar somente as salas de cinema para invadir nos próximos anos a sala de estar dos consumidores.
A TV 3D promete mais diversão aos usuários, dando a eles sensações de profundidade: com isso, o telespectador tem a impressão de “entrar” em uma cena e não somente visualizá-la. O sucesso do filme “Avatar”, de James Cameron, confirma a aceitação dessa tecnologia: o título já acumulou US$ 1 bilhão em bilheteria em todo mundo e está a caminho de bater o recorde alcançado por outra produção do próprio Cameron, "Titanic", que arrecadou US$ 1,8 bilhão.

Imitação
A tecnologia 3D nada mais é do que uma imitação dos olhos humanos. Para entendê-la melhor, é preciso compreender o funcionamento da visão, chamada de binocular. Como os olhos são separados, cada um deles vê os objetos e pessoas à volta com uma perspectiva diferente. No cérebro, as imagens são mescladas e a diferença de visão é usada para calcular a distância. Desta forma, cria-se a sensação de profundidade.
Nos filmes convencionais, o ser humano vê somente a altura e largura do que aparece projetado na tela. Já os filmes 3D usam dois projetores, gerando duas imagens. Nesses casos é preciso o uso de óculos para ter a sensação de profundidade. Cada lente dos óculos filtra uma imagem, imitando, assim, as cenas vistas por cada um dos olhos, conforme explicam os desenvolvedores da Sony.
Depois, o cérebro combina as imagens para dar o resultado em três dimensões, com profundidade, distância e posição dos objetos em cena. Como são duas imagens projetadas ao mesmo tempo na tela – softwares se encarregam de enquadrá-las -, sem o uso de óculos o telespectador verá a imagem embaçada.

Alternativas
Algumas salas de cinema já estão adaptadas à tecnologia 3D. Para isso, foram necessárias novas formas de projeção e telas adaptáveis. A aposta é levar o 3D digital para os lares dos usuários. Fabricantes de televisores trabalham em conjunto com canais digitais, players de Blu-Ray e fornecedores de TV a cabo para ter a tecnologia já em 2010.
Uma outra aposta é aproveitar as telas LCD para dar a sensação de profundidade sem o uso de óculos especiais. Para isso, as duas imagens emitidas simultaneamente passam por uma lente no cristal líquido, que faz com que o cérebro perceba apenas uma imagem tridimensional.
O maior problema encontrado até agora é o custo. As próprias salas de cinema 3D já possuem preços bem maiores se comparados aos das salas convencionais – em alguns casos, o preço do ingresso para filmes com a nova tecnologia chega a ser quase o dobro.
Provavelmente, as primeiras televisões 3D só serão acessíveis a públicos de alta renda, como acontece com toda nova tecnologia, até que seu preço caia e o produto se popularize. Até lá, resta se contentar com o cinema para conseguir a sensação de que o telespectador não está apenas assistindo, mas também participando, das cenas exibidas na tela.


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